sábado, 16 de maio de 2009

Filme: SINÉDOQUE, NOVA YORK


Neste filme de Charlie Kaufman a figura central é o dramaturgo Caden Cotard (Philip Seymour Hoffman), cujo processo criativo implica a própria vida na obra de arte. Diferente de artistas que abstraem e transformam linguagens, Cotard o faz literalmente. O que era uma maneira de dizer passa, na figuração, a sê-lo de modo concreto. Eu me pergunto, quem não faz como Caden, é literal sem perceber? Quem não vive seus próprios personagens nos outros sem perceber? Todos estão sempre em si e não percebem a própria ficção. O filme parece que diz não sonhe, não imagine, você só vai envelhecer e morrer literalmente. Por outro lado afirma o sonho como condição humana. Viva sua ficção sabendo que tudo é irreal.

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