quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Instrumento Artesanal


Este rapaz produz e toca o instrumento que fabrica com bambu.

Fantástico!!!

Que som delicioso!!!

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

temos a chance de conseguir um acordo!

Incrível. Ontem a imprensa estava dizendo que Copenhague já começou errado.

Mas 24 horas depois, com milhões de assinaturas na petição, centenas de milhares de telefonemas e apelos massivos de todo o planeta, temos a chance de conseguir um acordo!

A pressão está funcionando - governantes estão freneticamente fazendo em horas o que eles falharam em fazer por anos, mas ainda estão divididos sobre o pacto que deverá impedir o aquecimento catastrófico de 2 graus. Especialistas dizem que o Presidente Lula é uma das melhores promessas de fechar a brecha e unir os líderes do norte e sul -- porém, ele terá que começar com compromissos audaciosos por parte do Brasil. Clique abaixo para assinar esta petição de emergência para o Lula Salvar Copenhague, depois encaminhe este alerta para todo mundo!

http://www.avaaz.org/po/lula_salve_copenhague

A petição se tornou o centro de uma revolta global contra o fracasso de Copenhague. Os nomes da petição estão sento lidos por jovens que tomaram os espaços da conferência e em prédios de governos ao redor do mundo, incluindo o Departamento de Estado dos EUA e o escritório do Primeiro Ministro do Canadá.

O mais impressionante é que os próprios governantes estão apelando para as pessoas agirem. O Primeiro Ministro do Reino Unido Gordon Brown fez um apelo para 3000 membros da Avaaz em uma conferência por telefone na quarta-feira, pedindo uma campanha histórica pela Internet de 48 horas de cidadãos ao redor do mundo. Ele disse que o nosso impact é fundamental. O Prêmio Nobel da Paz Desmond Tutu fez um apelo em uma das 3000 vigílias organizadas pelo nosso movimento proclamando “Marchamos na África do Sul e o apartheid caiu, marchamos em Berlim e o muro caiu, marchamos em Copenhague e VAMOS conseguir um acordo pra valer”.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

O Mundo Quer um Acordo pra Valer

www.avaaz.org/po/

Com apenas três dias para terminar, a Conferência de Copenhague está falhando.

Amanhã, os líderes globais irão chegar para um encontro inédito de 60 horas diretas de negociações. Os especialistas concordam que sem a pressão da opinião pública global por um acordo forte, o encontro não conseguirá impedir o aquecimento global catastrófico de 2 graus.

Clique abaixo para assinar a petição por um Acordo pra Valer - a campanha já conta com um número surpreendente de 11 milhões de apoiadores - vamos transformá-la na maior petição da história nas próximas 72 horas! Os nomes serão lidos diretamente na Conferência de Copenhague - assine no link abaixo e envie este alerta para todos os seus contatos!

http://www.avaaz.org/po/save_copenhagen/97.php?cl_tta_sign=44d536a9eb3d36757c624cd2bbaf44cb

A equipe da Avaaz está se reunindo diariamente com os negociadores em Copenhague e iremos providenciar uma entrega espetacular da petição aos líderes a medida que eles forem chegando. Os nomes serão colocados em um muro gigante de caixas e serão lidos um a um. Com a maior petição da história, os chefes de estado não terão dúvida de que o mundo inteiro está atento ao que está acontecendo.

Milhões de pessoas assistiram pela televisão a vigília da Avaaz dentro do encontro, onde o Arcebispo Desmond Tutu disse a centenas de delegados e crianças reunidas:

"Marchamos em Berlim e o muro caiu.
"Marchamos pela África do Sul e o apartheid caiu.
"Marchamos em Copenhague - e vamos conseguir um Acordo pra Valer."

Copenhague busca o maior mandato da história para deter a maior ameaça que a humanidade já enfrentou. A história será escrita nos próximos dias. Como nossos filhos vão se lembrar deste momento? Vamos lhes dizer que fizemos tudo o que podíamos .

http://www.avaaz.org/po/save_copenhagen/97.php?cl_tta_sign=44d536a9eb3d36757c624cd2bbaf44cb

Com esperança,

Ricken, Alice, Ben, Paulo, Luis, Iain, Veronique, Graziela, Pascal, Paula, Benjamin, Raj, Raluca, Taren, David, Josh e toda a equipe Avaaz.

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terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Mind Maps a dica do dia

Mapa mental, ou mapa da mente é o nome dado para um tipo de diagrama, sistematizado pelo inglês Tony Buzan, voltado para a gestão de informações, de conhecimento e de capital intelectual; para a compreensão e solução de problemas; na memorização e aprendizado; na criação de manuais, livros e palestras; como ferramenta de brainstorming (tempestade cerebral); e no auxílio da gestão estratégica de uma empresa ou negócio.

Site para ajudar a fazer um Mapa mental

Aldo Novak, autor de A Única Diferença, enfatiza que os mapas a serem usados para aprender devem ser feitos sempre à mão, com canetas coloridas e papel, enquanto os mapas usados para ensinar (ou transferir informações) devem ser feitos com programas especiais. Alguns autores, como Novak, comparam os mapas mentais que atualmente são feitos a uma ferramenta de trabalho que foi usada por Leonardo Da Vinci, e que utilizava gráficos e um alfabeto visual.

domingo, 29 de novembro de 2009

Ondas do Destino


Eu não sou tão boa como Bess, a persnoagem principal do filme Ondas do Destino. Mas sei perfeitamente o que ela sente, sei o que é aquele Amor e, por sentir a profunddade do filme - e também diria o talento inigualavel da atriz protagonista, Emily Watson - chorei o filme todo. Só posso classificar o diretor Lars Von Trier, como gênio!!!!

Alexandre Koball, faz uma bela descrição do filme. O que eu entendi sobre minha pessoa é que é muito difícil ser boa como Bess; atualmente minha grande heroína ou anti-heroína, heróica de fato e consigo. Só os bons podem ir tão fundo nos próprios sentimentos, vivendo-os integralmente de acordo com os próprios princípios, mas correm o risco de serem internados, ultrajados, desqualificados e eliminados de sua singularidade. Me identifiquei completamente com Bess, com um diferença, eu não sou tão boa como ela, para o bem de mim mesma e para o mal.


sexta-feira, 27 de novembro de 2009

PSICOLOGIA E POLÍTICA: UM DEBATE TRANSDISCIPLINAR

I Colóquio da Pós-Graduação em Psicologia Clínica da PUC-Rio

PSICOLOGIA E POLÍTICA:
UM DEBATE TRANSDISCIPLINAR



    Política da psicologia: como pensar a multiplicação de correntes, disciplinas e escolas teóricas? As várias psicanálises, as terapias cognitivo-comportamentais, as terapias corporais, as terapias familiares, as gestalt-terapias, dentre outras, o diálogo com a filosofia, com o direito, com a empresa, com as artes... Como fugir ao duplo impasse: disputa hierarquizada entre diversas escolas - cada uma fechando-se sobre si mesma - ou relativismo radical, onde as diferenças e limitações reais são anuladas?

    Psicologia da política: não apenas a política dos partidos e governantes, mas também a construção de nossos cotidianos e hábitos, a ética das singularidades ou a moral dos padrões e maiorias. Os investimentos desejantes são sociais, políticos ou micro-políticos. Mas, sob que condições?

    Certamente, é na ausência de consenso entre as diversas correntes teóricas, dentro e fora da psicologia, e na multiplicação das sintomatologias, diagnósticos e terapêuticas para o mundo atual, que pode haver debate, criação e desejo.

Evento gratuito!

Vagas limitadas

inscrições pelo email:

coloquiopsicologiaepolitica@yahoo.com.br

Data: 04/12/2009
Horário: 08:30h às
19:00h.
Local: Sala 201L

(Depto. de Psicologia da PUC-Rio)

Discentes Pós-Graduação

Psicologia PUC-Rio

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Programação: Aniversário de Niterói

- Dia 20, às 20h, Palco Niterói reúne músicos da cidade, na Praia de Icaraí
Os músicos farão um tributo aos Beatles. Entres os artistas confirmados estão: o baixista Renato Rocketh, a cantora Nanda Garcia, os cantores João Gabriel e Brasilia, a banda Colorado Country, o grupo Krya, o violonista Casio Tucunduva, a cantora Adriana Ninsk, entre outros. Gratuito.

- De 20 a 25/11
VII Araribóia Cine- Festival de Niterói
Na semana de aniversário da cidade, a Prefeitura de Niterói e a Universidade Federal Fluminense promovem a oitava edição do Araribóia Cine, um festival de cinema brasileiro e temático. A terra de Araribóia irá receber cineastas de todo o Brasil para debater seus filmes ao lado de nomes de reconhecida competência no meio audiovisual brasileiro. As sessões serão realizadas no MAC, no Cine Arte UFF, Sesc Niterói.

DEBORAH COLKER, COM “CRUEL”, NO ANIVERSÁRIO DA CIDADE

O espetáculo “Cruel” pode ser considerado um marco no trabalho da Companhia de Dança Deborah Colker, ao introduzir uma nova dramaturgia para o formato, aproximando o grupo mais da linguagem do teatro. O espetáculo vai estar na Praia de Icaraí, no dia 22 de novembro, às 20h em comemoração ao 436o aniversário da Cidade de Niterói.

SOBRE CRUEL

A montagem fala sobre o aspecto doloroso presente nas relações amorosas. Nono trabalho da companhia, desenvolvido durante dois anos, este é o primeiro em que Deborah não dança, só dirige. Cruel é uma série aberta de elementos narrativos que só se completa com o olhar do espectador. Corpos em movimento que exigem a decifração, um novo jogo entre o Acaso e a Necessidade. Histórias ordinárias, daquelas que se repetem, atam e desatam. Histórias quase sempre cruéis.
Numa construção coletiva, que durou cerca de um ano e meio, novos elementos foram incorporados ao trabalho, como um texto de Fausto Fawcett e uma história escrita por Fernando Muniz. “Todas as colaborações acabaram servindo como munição nesse processo criativo, sendo absorvidas através da dança e criando uma costura nas situações que se apresentam”, conta Deborah. “Mas o que se verá não é novela, não é teatro. É dança”, pontua a coreógrafa.
Deborah foi a primeira mulher e também a primeira brasileira na direção de um espetáculo do Cirque du Soleil, que revolucionou e modernizou o circo. Em comemoração aos 25 anos da Trupe o espetáculo Ovo que trata do mundo dos insetos.

SERVIÇO:

Cruel- espetáculo apresentado por 17 bailarinos da Companhia de Dança Deborah Colker, com coreografias de Deborah em parceria com Fernando Muniz e colaboração do diretor de teatro Gilberto Gawronski.
Realização Sesc/Rio e Sistema Fecomercio- RJ
Data: 22/11
Horário:20h
Gratuito
Praia de Icaraí

Programação completa:

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Ópera na Tela



Ópera na Tela é uma mostra de filmes de ópera ao ar livre, em tela gigante. Durante uma semana, o projeto tem exibido na magnífica praça do Centro Cultural Correios uma seleção das mais belas óperas adaptadas para o cinema como Don Giovanni, Madama Butterfly, Carmen, Macbeth ou Tosca, e também vários filmes em alta definição e som digital das melhores apresentações recentes de óperas nos theatros e festivaís europeios, como A Valkíria, Il Trovatore, Orfeo ed Eurydice, incluindo a pre-estreía mundial de Mireille, apresentada e filmada no dia 14 de setembro de 2009 no Palais Garnier, na abertura da nova temporada da Opéra de Paris.

Ópera na Tela convocará um público popular e jovem, entre os quais muitos descobrirão, sem dúvida pela primeira vez, a magia da ópera. Será montado um projeto educativo de iniciação à ópera, com escolas e com associações que exploram a música como instrumento de inserção dos jovens na sociedade.

Assisti a duas Óperas

A Valquíria : Ópera em 3 atos de Richard Wagner (223’)

Direção musical: Simon Rattle

Direção: Stéphane Braunschweig

Orquestra Filarmônica de Berlim. Festival de Ópera de Aix-en-Provence - 2007

Filmado por Don Kent

Apresentação pelo diretor Don Kent


&


Macbeth: Ópera em 4 atos de Giusepp e Verdi (169’)

Direção musical: Teodor Curentzis

Direção: Dmitri Tcherniakov

Orquestra e coro da Ópera de Paris Filmado por: Andy Sommer

Apresentação pelo diretor Andy Sommer


Com A Valquíria nem senti as 4 horas passar. Um maravilhoso conto nórdico recheado de uma orquestra, interpretações e vozes impares. Claro que chorei copiosamente...



sexta-feira, 16 de outubro de 2009

"Orgânicos são bom para a saúde e para o planeta"


Consumindo produtos orgânicos, você não só esta fazendo bem para a sua saúde como também ajuda na preservação do planeta e na fixação do homem no campo. É um produto ético, pois o produto Orgânico é tudo que é produzido preservando a natureza, sem utilização de hormônios de crescimento, por exemplo. É uma produção que respeita a época dos alimentos, dando sustentabilidade ao produtor. E com os alimentos orgânicos podemos fazer qualquer receita: feijoada orgânica, empadão orgânico, lasanha orgânica.

Vitrine dos Orgânicos



terça-feira, 13 de outubro de 2009

BRASIL RURAL CONTEMPORÂNEO



Farsa da Boa Preguiça


De Ariano Suassuna

Adorei!!!

Se é de Arthur da Távola eu não sei, mas confesso que gostei

PENA QUE SE DESCOBRE TARDE DEMAIS, OU NUNCA...

de Arthur da Távola:

Coisas que a vida ensina depois dos 40

Amor não se implora, não se pede, não se espera... Amor se vive, ou não.

Ciúmes é um sentimento inútil. Não torna ninguém fiel a você.

Animais são anjos disfarçados, mandados à terra por Deus para
mostrar ao homem o que é fidelidade.

Crianças aprendem com aquilo que você faz, não com o que você diz.

As pessoas que falam dos outros pra você, vão falar de você para os outros.

Perdoar e esquecer nos torna mais jovens.


Água é um santo remédio.

Deus inventou o choro para o homem não explodir.

Ausência de regras é uma regra que depende do bom senso.

Não existe comida ruim, existe comida mal temperada.

A criatividade caminha junto com a falta de grana.

Ser autêntico é a melhor e única forma de agradar.

Amigos de verdade nunca te abandonam.

O carinho é a melhor arma contra o ódio.

As diferenças tornam a vida mais bonita e colorida.

Há poesia em toda a criação divina.

Deus é o maior poeta de todos os tempos.

A música é a sobremesa da vida.

Acreditar, não faz de ninguém um tolo. Tolo é quem mente.

Filhos são presentes raros.

De tudo, o que fica é o seu nome e as lembranças acerca de suas ações.

Obrigado, desculpa, por favor, são palavras mágicas, chaves que
abrem portas para uma vida melhor.

O amor... Ah, o amor...
O amor quebra barreiras, une facções, destrói preconceitos,
cura doenças...
Não há vida decente sem amor!
E é certo, quem ama, é muito amado.
E vive a vida mais alegremente...

© Artur da Távola - 1936/2008

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Terra sofre com o consumo excessivo



O consumo excessivo e o desperdício são os vilões do planeta. São eles os responsáveis pela crescente emissão de gases do efeito estufa, a falta dágua e a redução das áreas de floresta. O diagnóstico é do ministro de Ciência e Tecnologia da Índia, Murli Manohar Joshi, que esteve na Academia Brasileira de Ciências, no Rio. Para Joshi, há apenas um caminho para salvar a Terra: a união da política com a ciência.


''As tecnologias, hoje, são ineficazes. Temos que aumentar a eficiência das máquinas para conservar energia e matéria-prima. E isso só conseguimos com o desenvolvimento do conhecimento, apoiado por uma política nacional voltada para ciência'', disse o ministro, que considera o atual modelo de produção insustentável.


Conseqüências - As conseqüências deste modelo já são sentidas. A disponibilidade de água potável caiu de 17 mil litros per capita para atuais 7 mil litros. Um sexto de toda terra arável do planeta está degradada pelo uso de técnicas agrícolas primitivas. E espécies de animais e vegetais estão se extinguindo de 50 a 100 vezes mais rápido que se não fossem influenciadas pela ação humana.


Os países em desenvolvimento são os que mais sofrem com o sistema de produtos descartáveis. Enquanto os 20% mais ricos respondem por 86% do consumo privado mundial, aos 20% mais pobres restam 1,3% do total. A desigualdade fica clara quando se compara o consumo dos dois grupos de produtos de primeira necessidade (alimentos, por exemplo) e de bens não-essenciais.



Meio ambiente - o atual modelo de desenvolvimento coloca todos, ricos e pobre, no mesmo plano quando o que está em discussão é o meio ambiente. Rico ou pobre, todos serão afetados pela poluição atmosférica, uma das principais conseqüências do consumismo exacerbado. A diferença é que, apesar da poluição não respeitar fronteiras, as fontes poluidoras estão em territórios muito bem delimitados: os 20% mais ricos emitem 53% do CO2 lançado na atmosfera. Já o quinto mais pobre do planeta responde por apenas 3%.


''Por isso, não aceitamos quando os Estados Unidos exigem que nós, países em desenvolvimento, sejamos obrigados a reduzir nossas emissões de CO2'', afirmou o ministro indiano, referindo-se a uma das alegações do presidente George W. Bush para não ratificar o Protocolo de Kyoto. O tratado, que prevê a redução das emissões de gases do efeito estufa, foi alvo de discussões na reunião do clima em Bonn, na Alemanha. Cujo resultado foi um grande fracasso veja a notícia: http://invertia.terra.com.br/sustentabilidade/interna/0,,OI3694325-EI10432,00.html


''A Terra talvez seja o único lugar do universo com vida. A perda de vida no planeta, portanto, pode representar uma perda universal, sem chances de recuperação'', alertou Joshi.





Quais consequência psicológicas-afetivas e emocionais se instalam na psique coletiva destrutiva? A auto-destrutividade pessoal e coletiva, o foco na felicidade individual sem saber o que é isso, o que é ser um indivíduo, o que é a rede na qual nós humanos estamos inseridos. Uma rede feita de instâncias e estâncias Espiritual-Ecológica-Política-econômica-corporal-ética-estética-ideológica... Um sistema de produtos descartáveis torna algo descatável, algo inútel completamente fora de uma concepção biológica de vida em que no mundo nada se perde e nada se cria tudo se transforma. E o ser humano tão criativo em sua trajetória também cria modos destrutivos. Talvez tenhamos que repensar o que é que é ser humano, o que é Ser Humano, refletir de modo ético e estético, pois a estética da destruição não tem ética.


Ética & Estética de vida


Ética & Estética da vida


Ética & Estética é vida


"A natureza é um templo onde vivos pilares

Deixam filtrar não raro insólitos enredos;

O homem o cruza em meio a um bosque de segredos

Que ali o espreitam com seus olhos familiares.


Como ecos longos que à distância se matizam

Numa vertiginosa e lúgubre unidade,

Tão vasta quanto a noite e quanto a claridade,

Os sons, as cores e os perfumes se harmonizam.

Há aromas frescos como a carne dos infantes,

Doces como o oboé, verdes como a campina,

E outros, já dissolutos, ricos e triunfantes,

Com a fluidez daquilo que jamais termina,

Como o almíscar, o incenso e as resinas do Oriente,

Que a glória exaltam dos sentidos e da mente."

Charles Baudelaire

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Compreendi???

Compreendi que nenhuma linguagem , por mais perfeita que seja, pode substituir a vida
Carl G. Jung

E, o que é a vida?
Como seguir com ética e com estética?
Como não ser linear e continuar seguindo?
Como fazer arte com material que ecoa no próprio inconsciente, sem ser louco e sem ser sã?
Como dialogar no limite, na borda, no entre (internamente e externamente)?
Como estar na pele, esta grande fronteira porosa, encarnado em si e encarnado no mundo?
Onde há vida há dor...
Como apreciar a dor sem sucumbir a ela?
Como fazer da ausência presença, da presença ausência, da falta ritmo e leveza e do excesso as próximas perguntas?
Com seguir sem ter que ter respostas e precisando de muitas perguntas?
Como não se confundir na torre de Babel das múltiplas linguagens sem eleger somente uma e sem se perder querendo saber todas?
Como seguir o caminho próprio que não é individual, mas singular?
Como guardar o Amor em si e espargir Amor sem ser piegas ingênuo, mas sendo piegas e ingênuo?

Nada Compreendi, mas sei quando está vivo!


quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Fisiologia da psique: como ouvir o coração


Na medicina oriental chinesa cada órgão do corpo tem uma função física, energética e psíquica. Nesta medicina, os órgãos não são simplesmente órgãos anatômicos, eles são simbólicos, metafóricos e estão relacionados a toda natureza e seus ciclos. Os órgãos e víceras também representam fases, sistemas e energias no corpo, o que inclui as emoções, os sons a voz, o cheiro, a direção, o alimento, o sabor, etc. Cada órgão é representado por um elemento da natureza e também uma estação do ano. O coração está relacionado ao elemento fogo, e enquanto elemento, gera o elemento terra. O coração é o órgão “principal”, ele governa todo sistema corporal e suas instâncias sutis. Ao ser o iniciador de todo o processo corporal, o coração seria aquele que “manda”. O fígado que é representado pelo elemento madeira, na medicina oriental é a madeira quem gera o fogo, portanto fogo, madeira e terra se relacionam diretamente, um produz ou é produzido pelo outro. Se o coração governa, o fígado é quem executa as “ordens”. O fígado é considerado o general dos outros órgãos e ele delega e distribui tarefas. O estômago, por sua vez, está relacionado ao elemento terra; sua principal função é o de receber e decompor os alimentos e, juntamente com o duodeno, comandar todas as funções digestivas transformadoras dos alimentos. O estômago controla o "amadurecimento e decomposição" dos alimentos. Este órgão necessita de tempo para elaborar sua química, ele pede um tempo para digerir. Cada órgão tem uma função nesta coletividade corporal, porém creio que exista modos próprio e singulares de nos relacionarmos com este complexo circuito de energias e emoções.

Ao relacionar a Medicina Oriental Chinesa com a Psicologia junguiana de James Hillman tive novas percepções sobre este processo. Para Hillman, o coração seria o local da alma, tomada como aquilo que nos movimenta (ânima), e também seria o órgão da imaginação. O fígado ao invés de somente general pode ser aquele órgão fiel ao coração e à imaginação do coração. O fígado sabe da pureza e importância do coração e quer presenteá-lo com sua obediência. Porém, o fígado também é órgão de ação e da raiva, e pode ser o primeiro órgão que confunde a imaginação do coração. O fígado pode se torna ansioso e agir como se o coração ordenasse... Sendo o coração-alma-imaginação-movimento, sua imaginação pode ser vista como um movimento que sugere, pois é o coração quem poderia ver as estruturas do caminhante e a poética do caminho, não suas literalidades. Sendo o fígado um fiel escudeiro, este quer correr, “executar para ontem”, por isso simplifica e reduz a beleza imaginativa do coração. Mas aí vem o estômago que pede o tempo da digestão, o estômago está em contato com os elementos concretos da natureza e da realidade; dá novos parâmetros às intensas literalizações do fígado. Sendo “pé no chão”, não se antecipa e precisa de rotina. Se o fígado não aprender com o estômago os dois podem adoecer, o fígado de raiva pela insolência do estômago e o estômago de estresse por conta da raiva e pressão do fígado. Neste momento ninguém mais ouve o coração, ficam discutindo antigos indícios imaginativos do coração e paralisam todo o sistema vivente. A discussão perde o valor da imaginação e se torna “autoritarismo”, ordens a serem cumpridas e obedecidas. Quem é completamente literal e fiel ao coração, precisa rever seus conceitos, o coração só precisa de espaço para imaginar e os outros órgãos têm funções e talentos específicos, eles devem aprender a executá-las com maturidade para que o sistema não se embaralhe e perca o seu sentido, o sentido do coração. Creio que precisamos aprender a dançar com os acordes do coração... Executar sim, literalizar, não. Caso contrário a doença e a morte chegam para todos, uma morte triste, pois não é a morte pela desobediência, a morte da renovação, ao contrário é a morte por obediência sem aprendizado e real parceria. O primeiro ensinamento que podemos ter seria aprender a cada dia a importância de ser singular e agir em parceria de modo calmo, ainda que intenso. Seguir imaginando, produzindo e re-significando cada passo.

domingo, 16 de agosto de 2009

Sonhos não fundamentalistas: Ecologia sempre

“I have a dream!” (Eu tenho um sonho) disse Martin Luther King; I have a dream, a song to sing. To help me cope with anything. If you see the wonder of a fairy tale... (Eu tenho um sonho, uma canção para cantar. Que me ajuda a enfrentar qualquer coisa. Se você maravilhas em um conto de fadas...) canta ABBA. Políticos, grupos musicais que falam de seus sonhos, que anunciam e cantam aos sete ventos sonhos de um mundo melhor, lutas de tantas e tantas faces, cores e direções. Vejo sonhos tornados em arte e lutas como parte da poética humana, algumas dessas poesias e sonhos foram e são fundamentais para o mundo. Grupos, cantores e pessoas diversas ao sonharem e lutarem em voz alta colaboraram para o mundo, mudaram mentalidades e intensificaram posicionamentos de democracia e a igualdade. Inúmeras pessoas dedicam suas vidas para realizar sonhos pessoais e sonhos coletivos. Imagino que pessoas que não compartilhem sonhos, que não façam de seus sonhos passos de sua vida podem estar vivendo em um mundo acinzentado, sem gosto e sem viço. Meu sonho em particular é viver em meio a uma sociedade que respeite a natureza, que entenda sobre ecologia e que estas pessoas possam se inserir neste mundo sem serem usurpadoras dele. Imagino formas belas de compartilhamento de idéias e ações, este talvez seja meu lado romântico. Penso em pessoas criativas que façam da natureza suas parceiras. A natureza da qual falo esta tanto dentro de cada um como fora, na relação consigo mesma e com o mundo externo. Por isso, quando imagino uma relação com a natureza e com as idéias sobre a ecologia não penso em nada longe de mim.


Mas tenho um medo, muito grande, medo que existam ideais ecológico que se tornem bandeiras e percam suas raízes intra psíquicas e relacionais, raízes da multiplicidade compondo um quadro dinâmico e vital. Medo de que ideais ecológicos se misturem com modos religiosos. Medo de que as ideias de ecologia virem algo fundamentalista e que isto reparta o mundo entre bons e maus, certos e errados. E meu medo cresceu ao ouvir falar que Marina Silva será candidata a presidência da republica. Ouvi dizer que ela vai propor o criacionismo nas escolas, meu medo começa a se transforma em raiva e pretendo colocar esta energia nesta escrita. Pretendo ajudar a separar alhos de bugalhos e lembrar que cada macaco deve estar no seu galho. Marina Silva tem uma história belíssima, saiu dos seringais e arduamente conquistou um lugar ao sol, no Psol. Sua história é de comover Gregos e Troianos. Conseguiu superar seu estado miserável e sempre defendeu as questões ecológicas, ela merece um lugar de destaque por isso. Mas esta bela tragetória não nos faz de ingênuos ao olharmos para esta pessoa humana; se por acaso ela foi catequizada na selva e tornou seu credo religioso em sua força e bandeira, isto é algo pessoal da própria experiência dela. Isso não dá a ela o direito de misturar ciência com mitologia ou religião.


Se é para ter criacionismo na escola então que ensinem Budismo, Islamismo, Confucionismo, Induismo, Taoísmo, Ateísmo e algo ainda mais fundamental para nós brasileiros, as belas mitologias dos nosso índios, seus rituais, seu imaginário que é bem diferente dos modos civilizados de viver. Estes contos indígenas podem fornecer a todos elementos para futuras pesquisas, futuros pensamentos filosóficos. Estes temas mitológicos podem fazer parte de pesquisas de todo tipo, “a psicologia” pode ter um olhar, dentro de sua especificidade, assim como outras ciências podem fazer seus estudos e suas contribuições para a coletividade e para a sociedade. Ter conhecimento desta diversidade seria muito interessante. Se o Yoga em suas varias vertentes fossem ensinado nas escolas seria algo maravilhoso e enriquecedor para formar alunos e pessoas com olhares e experiências plurais. Porém, que uma coisa seja uma coisa e outra coisa seja outra coisa, pois queremos livres pensadores, queremos pessoas que possam sonhar de modos muito próprios e criativos, queremos diversidade. Um sujeito que, acredito, tem feito um belo trabalho nesta separação da ciência com a religião é o cientista Britânico Richard Dawkins. Comecei a ver a entrevista dele na TV e gostei muito de como ele marca território. Ele se opõe ao estabelecido e enfatiza a importância do florescimento de um estado laico. Dawkins critica certas naturalizações delirantes que se tornaram práticas sociais que se alastram veladas e “obrigam” até o ateu a se justificar pelo fato de não crer: “sou ateu, mas...”. É um ter que acreditar, uma naturalização social pela crença-em-algo-transcendente que constrange a todos aqueles que não tem afinidade com crenças estabelecidas.


Vendo tantos fundamentalistas aparecendo neste nosso momento histórico me pergunto. Será isso nossa necessidade humana por renovação dos sonhos? Será um estado de depressão e um desespero para achar uma lei, um dogma que nos resgatará desta opressão globalizada e generalizada? Uma sociedade não imaginativa, proibida de imaginar multiplicidades? Ao que tudo indica a multiplicidades de deuses e heróis perderam sua dimensão ficcional, ficaram restritos a uma “unidade” hierarquizada, um Deus que dita a “grande verdade”. Isto me parece delegar tudo a um credo e, desta forma, cada pessoas não se responsabiliza por suas escolhas. Se o criacionismo for visto na sua literalidade como o surgimento do mundo e comparado a ciência é tanto uma impossibilidade como um reducionismo absurdo da poética mitológica humana. Me parece uma necessidade de normatizar a vida, ter controle, ainda que, seja a confiança numa entidade transcendente. Sonhos que se tornaram bandeiras e dogmas a ser coletivizados e ditam regras que não podem ser questionadas, me parecem matar a vida. A ciência também é construção humana e sua maior força é a força do questionamento, ser refutável. A morte da singularidade em nome de um estado transcedente inquestionável, soa como literalização dos mitos, sem poesia, imaginação e arte.


O discurso de Richard Dawkins ataca de frente este paradigma do crente e separa uma coisa da outra. Valorizar Dawkins neste momento e discutir suas ideias me parece importante. Pois a conquista de um estado realmente laico, isto sim, é fundamental para que possa florecer multiplicidades e para que a criatividade humana tenha espaço. Então aproveitem e vejam no canal GNT o especial “A cega?” Quinta feira, às 21 horas. Neste Programa Dawkins viaja o mundo para mostrar como o fundamentalismo pode ser perigoso.